(estou sem a súmula, aguardem cobertura completa no Ironpump)
Este fim de semana (dias 14 e 15 de outubro) participamos da Copa São Paulo de Supino em Itu, na Fábrica Academia – eu e mais uns 70 supineiros do Estado. A Copa São Paulo vem sendo organizada há cerca de quatro anos e, junto com outros campeonatos regionais de supino, como o Campeonato Paulista, compõe o calendário desta modalidade. O organizador foi o professor Valdecir Lopes, atleta e técnico da equipe Valdecir Lopes de supino. Valdecir é professor da Fábrica, um local muito especial. A Fábrica Academia fica no centro de Itu, na Rua dos Andradas, 46. Está instalada no que foi antes uma fábrica têxtil, pelo que entendi. O edifício ao lado ainda guarda a arquitetura original de estilo inglesa, remanescente do que foi a região no final do século XIX.
Por dentro, é arejada e ampla. Um único ambiente aloja os aparelhos de musculação e suportes para levantamento.
Palco com tablado armado com suporte para supino. Área da competição demarcada com fita zebrada.
Ao lado, um bom tatame para lutas, uma área ampla para lanchonete e convívio entre membros. O campeonato foi realizado num palco central, onde foi armado o suporte para a barra de supino.
Lanchonete e área de convívio.
Atleta competindo (Wagner, da Gladiadores).
Os atletas podem ficar alojados na própria academia, onde são colocados colchões. Amplos vestiários permitem aos hóspedes todo o conforto.
Campeonato Escola
O ambiente não é apenas agradável, mas próprio ao convívio entre atletas em competições de pequeno e médio porte (acho que competições com um número muito alto de atletas podem ser mais complicadas). Num esporte como o Powerlifting, ambientes como este são essenciais para o crescimento do esporte. Trata-se de um esporte de pouca visibilidade e facilmente confundido com os exercícios de musculação cujos nomes coincidem com os levantamentos (agachamento, supino e terra). Assim, é freqüente que apareçam atletas inscritos que não fazem a mais remota idéia de que Powerlifting é um esporte constituído, organizado e com regras e técnicas próprias. Aparecem, se inscrevem e ficam frustradíssimos ao terem todos os seus movimentos invalidados. Em ambientes mais frios e de pouca interação, estes atletas estão perdidos para sempre para o esporte. Já num evento agradável e bem organizado como foi a Copa São Paulo, presenciei vários casos destes iniciantes descendo do tablado meio confusos, sem entender o que se passou, e serem imediatamente abordados por um dos membros da Federação ou pelo Val, que explicava as coisas mais básicas.
Assim, o evento funciona também como uma espécie de “Escola” e é importante que tenhamos outros do mesmo estilo.
Campeonato Workshop
Outra característica interessante deste evento foi o espaço e tempo para interação entre os atletas e dirigentes. Isso é difícil em eventos mais tensos, de organização mais precária. Na Copa São Paulo, tivemos oportunidade para sentar e discutir modelos e estratégias de treino, regras e questões internacionais. Talvez no futuro pudéssemos até mesmo reconhecer essa característica “workshop” de eventos como esse e introduzir momentos só para isso – trocas de experiência, apresentações de casos, discussões de inovações. Mas que já funciona informalmente assim, funciona.
Se não fosse o fato de que tive um azar enorme de ser prato de domingo para os policiais de Itu com o licenceamento vencido do carro emprestado da minha mãe, teria sido o mais perfeito fim-de-semana do semestre. Bem… é a vida. O evento foi muito bom. A cobertura completa, prometo para os próximos dias no Iron, junto com a entrevista do Val.
Marilia