The road to the gold 5 (por Diego Figueroa)

Pedi licença para Marilia, ai ela me deixou escrever aqui, a quinta parte do nosso caminho aqui nos EUA.

Minha contribuição nesse texto é uma reunião das percepções que tive enquanto estivemos competindo em Las Vegas e conhecendo os centros de treinamento aqui em Columbus Ohio.
Em primeiro lugar, com certeza, o WPC não é um campeonato de Power lifting para qualquer um (parafraseando o Daniel Rasia). Um campeonato com um alto nível de levantadores e consistência dos árbitros (até a tabela de Excel que eles usavam para determinar os “flights” da disputa e as cargas de cada pedida e de cada levantamento dos atletas era bem organizada – eu “ficava olhando”).

“De quebra”, voltar para o Brasil com 2 títulos, sendo uma medalha de ouro e uma de prata é absolutamente DEMAIS, mas uma coisa de extrema importância é que me diverti demais nesse campeonato, levantei “os meus pesos”, “quebrei os meus recordes”e realmente pude transcender minha existência. Naqueles momentos eram só eu e a barra e não havia ninguém em volta, mesmo com dezenas de pessoas com suas câmeras e gritos ao redor.

Nossa vinda a Columbus, Ohio, talvez tenha sido ainda mais especial, pois além de termos tido momentos fantásticos de diversão e aprendizado, seguimos nosso planejamento para conhecer alguns dos centros treinamento de força dos EUA.

Primeiro fomos a West Side Barbell, provavelmente o centro mais importante na formação de powerlifters equipados quebradores de recordes. Lá, entrevistamos Louie Simmons, o “godfather” do treinamento de força no powerlifting e fizemos uma série de perguntas que eu diria, polêmicas, sobre os métodos de treinamento usados lá.Pudemos, também, treinar e ver alguns dos atletas treinando (logo sairá o artigo sobre a entrevista de Louie Simmons, mas vejam nosso vídeos de treino de lá (http://www.youtube.com/user/profdiegofigueroa?feature=mhee).

Na sequência, tivemos uma certa “dor de cabeça” com o serviço de hotel, rs, que logo foi sanada pela sessão de treino que realizamos da Dogg House. Nós temos uma série de vídeos e fotos mostrando as técnicas e sistemas de treino que fizermos na Dogg House (http://www.youtube.com/user/marilia05).

Durante nossa sessão de treino, eu olhava para Marilia e os olhos dela brilhavam de felicidade por estar treinando lá, ela estava tão feliz que estava num estado de consciência alterada, rs, era até difícil conversar com ela.

E realmente era para estar, pois não existe uma estrutura como esta (Dogg House ou West Side Barbell) no Brasil e estar lá ao meio de Power cages e monolifts é simplesmente FANTÁSTICO, fora que nesses locais de treinamento as pessoas têm uma cultura bem diferente do que normalmente encontramos em academia regulares no Brasil ou mesmo nos EUA. Lá você se depara com a união dos praticantes, a união e o apoio. Para dar um exemplo para vocês, um dos atletas foi supinar, com camisa de suporte, 300 kilos. Nesse momento, todos e absolutamente TODOS pararam seu treino, para dar suporte e segurança ou simplesmente para gritar e motivar o cara a levantar os 300 kilinhos no supino (que diga-se de passagem é uma marca comum entre powerlifters acima de 90kg nos EUA e nem por isso os atletas que a realizam acham que são “o último biscoito do pacote”como acontece no Brasil).

Uma outra impressão, que tive, a primeira vista (e achei muito legal), todos esses atletas muito fortes faziam suas altas marcas para si, por diversão, por tesão, por desafio e não me pareciam sofrer uma manifestação de síndrome do superman, sem terem egos gigantescos e necessidade de auto-afirmação.

Isso para mim foi uma lição mais que válida e uma vontade de passar mais tempo aqui treinando com essas caras (convites não faltaram).

Essa, é minha jornada, É NOSSA JORNADA.

A trilha sonora para essa nossa aventura regada de novas percepções é Time of your Life da banda GREEN DAY, essa música nunca teve algum significado para mim, mas hoje ela tem e expressa o quanto foi importante minha (nossa) decisão de vir para cá.

Então, fecho o meu texto com o seguinte parágrafo em inglês: This year was silver but next year gonna be gold, and the year after is gold so on so forth. The road never ends because there is always more weights to be lifted (Gabe Sorensen). The road to the gold (the gold of every corner of our life) is never ending, is ever lasting and should be important for whoever is on this road and not anyone else.

Prof.Ms. Diego Figueroa
15/11/2012 – Columbus, Oh.

 

profdiegofigueroa

www.opositivo.esp.br

 

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