Sobre Kettlebells, o “sistema” e o destino de vocês, EFs na luta por um espaço

(TEXTO PRODUZIDO DIA 5 DE SETEMBRO, SEGUNDA FEIRA, APÓS O CURSO DO ARTE DA FORÇA (http://www.artedaforca.com.br)

Ninguém contou para vocês, mas a análise da evolução disso que chamamos de "mercado do fitness" brasileiro mostra uma estrutura e trajetória semelhantes ao norte-americano, com discrepâncias e (poucas) peculiaridades. Durante 40 anos, o mercado foi dominado pelo movimento guiado, através da indústria de máquinas.

O prazo de validade desta hegemonia está acabando – coisa de mais dois anos. As máquinas não acabaram, nem acabarão jamais. Elas terão um lugar no condicionamento físico e treinamento (para qualquer público) sempre. Indivíduos com fragilidade articular, idosos e mesmo nós quando nos lesionamos podemos nos beneficiar destes objetos detestáveis. 

No entanto, em função de uma história longa demais para uma notinha de Facebook, os segmentos mais educados da população já estão desenvolvendo espírito crítico o suficiente para buscar uma alternativa à musculação tradicional. De  novo: ela não vai desaparecer. Mas ela será o "velho", o ultrapassado, e nem terá o charme de "old school".

"Old school", gente, somos nós. É a school mais velha possível. Kettlebells foram inseridos num dicionário pela primeira vez no século XVII e suspeita-se que existiam há alguns milhares de anos. Fala sério, quem é old school? O neguinho que faz rosca direta com uma barra inventada no século XX ou um que usa movimento livre com KBs seculares? Aulinha de história não faz mal a ninguém.

Old school, no entanto, é a essência da vanguarda do pensamento em treinamento (que inclui o maldito mercado de fitness, ok, não preciso repetir). O que acontece com quem fica atrás? Fácil: 90% de chance de continuar atrás. 

O que fazer para não ficar atrás da onda de renovação mais que bem vinda no mundo do treinamento, que inclui, em locus privilegiado, os KBs? Se vocês resolverem esperar as faculdades de EF inserirem isso na grade curricular, melhor comprar um terreninho na Lua que é mais lucrativo. O jeito é buscar aprender onde se ensina. No Brasil, alguns grupos já estão ensinando. Todos menos um aprenderam com esse um, e esse um é o ADF. Podería-se argumentar que "é válido", pois, afinal, aprenderam. 

NÃO. Mil vezes NÃO. Não se aprende esse tipo de saber em um fim de semana, nem em dois, nem em três. Não para ENSINAR. Por enquanto, no Brasil, ninguém está realmente habilitado a ensinar exceto o ADF.

Pergunta: "então, se eu não posso ensinar, por que vou fazer o curso?" Ora! Para APLICAR, meu deus do céu! Para USAR a p. da bolinha de ferro com alça!! E, sim, para apresentar o certificado numa instituição (clube, ginásio de treino, etc) que o contrate mostrando que você tem noção de como usar aquele equipamento e ninguém vai se machucar com ele. Que você pode orientar um aluno.

É exatamente do que vocês precisam no momento. 

O curso do ADF é completo no que se propõe, o único com legitimidade e é honesto: oferece exatamente aquilo que promete. Não é um curso de magia. Ninguém sai dali proficiente numa prática que requer anos para se adquirir proficiência. Mas dá uma coisa que eu tenho certeza que vocês querem: VANTAGEM COMPETITIVA NO MALDITO MERCADO DE FITNESS. 

Em dois anos, vocês todos me darão razão. 

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