Tosse

Tenho uma tosse alérgica que vem se desenvolvendo desde um pouco antes do Natal, mas que piorou bem na semana passada. Alguns dias foram realmente insuportáveis, mas eu percebia que não era uma infecção. Diante da piora, um dia fui ao pronto-socorro, pois não dormia há dias, me sentia fraca e consumida. Além disso, o único alívio que eu tinha era tomando Fenergan, que para mim é uma paulada – fico de ressaca um dia inteiro. O médico confirmou minha suspeita: tosse alérgica. Me deu uma droga para controlar o edema e inflamação e um anti-alérgico “não-chapante”, alegra D. Só que alegra D tem pseudo-efedrina e aí eu passei a noite em claro… E nada da merda da tosse melhorar. Voltei ao hospital, em mais um dia insuportável. Nada de infecção e desta vez o médico caridosamente me deu um anti-tussígeno, que melhorou consideravelmente a qualidade da minha vida ao me permitir dormir, comer, pensar, etc.

Mas não posso deixar de ficar meio desconsertada comigo mesma. Esse tipo de alergia é resultado do contato com um vírus bobo de resfriado, sei até o dia em que isso aconteceu. Muita gente resfriada por perto, uma noite de festa, acho que dia 23 de dezembro, tomei muita cerveja gelada e dormi pouco. No dia seguinte, acordei com a garganta arranhando. E depois, foi a alergia respiratória tomando conta. É como se o meu cérebro não registrasse que não há mais porra nenhuma para combater, mantendo um esforço bélico contínuo e intenso. Fogo contra inimigo ausente, munição desperdiçada.

Não tem jeito de não extrapolar e ficar pensando se não é isso que estou fazendo na vida, de maneira geral, atirando em sombras e lutando uma guerra que já foi ganha há anos… Será?…

 

Marilia

 

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