Aos novos contatos das minhas mídias: uns pingos em alguns iis

Melhor deixar umas coisas claras aqui:

1. Eu não sou de esquerda. O motivo é simples: essa partição longitudinal do espaço ideológico não tem mais aderência na prática política. Em outras palavras, não existe. Existem as “auto-denominadas” esquerda e direita. Dentro delas, podemos encontrar desde os mais escrotos e autoritários oportunistas e golpistas, até gente ingênua e bem intencionada.
2. Eu sou feminista, mas tenho vergonha alheia de papinho anti-homem e raivosinho. Me chame de elitista (e eu sou, caceta! Isso não é xingamento, é simples categoria de análise: eu sou membro da elite simbólica desta sociedade, fato), mas esse papo não é só equivocado: é patético. Então melhor você pular fora do meu mural se espera que eu escute esse tipo de bobagem.
3. Luto por um tipo de transformação social. No entanto, a partição teleológica transformação X conservação, frente X trás, bem como a linha do tempo da trasnformação social já sumiram faz um tempão. Da trinca Darwin, Freud e Marx, o último foi o único que ainda se agarrou a essa noção teleológica. Dos três porquinhos (Marx, Weber e Durkheim), ele é o mais simplista em termos de transformação histórica. Toda sociedade se transforma, o tempo todo, em vários sentidos e direções. Cada um opta por aquilo que considera desejável transformar e conservar. Somos todos uma mistura de transformadores e conservadores. “Do bem” e “do mal” é coisa de Cavaleiros do Zodíaco que minha filha assistia há quase 20 anos. A probabilidade de eu querer transformar tudo que você quer e conservar tudo que você quer é quase igual a de um meteoro cair no seu quintal.
4. Poucas coisas me causam tanto instinto de luta até a morte ou fuga do que papo populista e demagógico. Isso não tem longitude: é escroto e perigoso independente do título que reivindicam seus líderes. No meu mural, é BAN automático.
5. Homofobia e racismo aqui são no-no. BAN. Machismo, todos temos. TODOS, sem exceção. Mas existe um grau a partir do qual ele não é tolerável na minha casa ou no meu mural.
6. Racismo é BAN. Dos dois lados. Sim, não me venha com conversa porque existe sim racismo invertido. Se você é um sectário e implicar com meus amigos vikings e os que participam dos jogos celtas (Highland Games), não tem papo comigo. Se quiser acompanhar meu trabalho, seja bem vindo, mas seu papo revanchista e extra-punitivo não é bem-vindo.
7. O mundo precisa ser mudado. Você, eu e a torcida do Flamengo achamos isso. No entanto, EU e mais ninguém escolho como contribuir para isso. Não é minha obrigação aderir à causa de ninguém. Eu não tenho “privilégios”: eu gozo de direitos dos quais outros são excluidos injustamente. Luto para que sejam incluidos nas frentes que EU, e mais ninguém, escolho.
8. Este alerta está escrito em Português, embora eu tenha mais amigos de lingua inglesa (e eu faça postagens na mesma proporção, não estou nem aí para quem acha que eu tenho alguma obrigação patriótica porque eu não tenho, nem reconheço nacionalidade alguma). O motivo é que tem muito mais gente que enche meu saco ideologicamente aqui do que fora do Brasil. Meu pensamento é racional: vou economizar esforços. Isso é um aviso, mas se algo me encher o saco, eu deleto sem nenhum pudor.

Isto estando claro, a gente vai se dar bem. Caso contrário, eu não tenho emoção alguma em bloquear e deletar expressões digitais de pessoas.

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