Campeonato Sul Americano WPC raw: foi ótimo! O quão bom é bom o suficiente?

Fomos eu e o Carlos Daniel Llosa.

Estou orgulhosíssima dele, que quebrou todos os seus recordes pessoais, fazendo respectivamente 225kg, 132,5kg e 215kg (respectivamente agachamento, supino e terra).

Eu fiz 145kg, 95kg e 165kg.

Sim, foram marcas medíocres para mim se, e somente se, consideradas expectativas: 1. de treinamento recente; 2. de marcas anteriores.

Mas objetivamente, não são marcas medíocres para a categoria até 60kg feminina, 100% raw (sem faixa).

Como meus bons amigos sabem o quão apaixonada por este esporte eu sou e o quão competitiva e guerreira é minha índole, estou recebendo pêsames de todo mundo. E sei que esses amigos ficaram penalizados.

Esse post é para desfazer o “climão”: galera, vamos celebrar!

Primeiro: quem acompanhou de perto os vários problemas de saúde que rolaram, sabem que foi um grande lance ter chegado aqui. Sabem que eu cheguei a entrar em contato com a companhia para devolver a passagem.

Segundo: todo mundo sabe que eu treinei para vir equipada e desisti 4 semanas antes do campeonato. Tive 3 semanas para reinar RAW. Ou seja: NADA!!

Terceiro: sim, eu me desorganizei! No terceiro supino, perdi o Dani de vista (que já sabia me passar a barra) e o pobre Carlos não sabia onde eu pegava a dita cuja. Eu sou difícil pacas de passar barra. Sou um tipo de micro-t-rex.

Quarto: conversando agora com o Paulinho, meu médico,  achamos que eu tive uma reação séria e forte ao calor. Eu sou portadora de intolerância idiopática ao calor. Depois do terra, eu cai no tablado e comecei a rir. Talvez de nervoso, porque eu não sentia mais as pernas. Imediatamente voltei a sentí-las, levantei e comecei a tremer. Eu não suava. É possível que tenha rolado um início de hipertermia. Vai saber? Acho que a opinião do Paulinho deve ser considerada.

Então, gente, eu ainda sou a “best lifter” (melhor atleta), os recordes são meus, os resultados só parecem ruins porque vocês torcem tanto por mim que me vêem sempre na tabela de recordes históricos mas a vida de um atleta é feita de mais coisas do que somente suas conquistas próprias no tablado.

Vi e vivenciei coisas sensacionais aqui. Curti demais as conquistas de gente que me é muito querida, como o Carlos, o Mauro, a Daisy , Jason e outros. Conheci um garoto que é um fenômeno: Joseph Medina.

A vida de um powerlifter é boa para além dos números.

 

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