(repassem e reproduzam onde quiserem)
Dia 5 de outubro eu embarco para Cordoba, Argentina, onde vou participar do 1º Campeonato Sul-americano de Powerlifting da ASUPO, que será oficialmente fundada na ocasião. O Brasil é um dos países signatários dessa fundação através da ANF, Aliança Nacional da Força, representada por mim, ainda oficialmente sua presidente.
Gostaria de aproveitar a oportunidade para chamar atenção de todos para algumas questões que considero pertinentes.
Tenho insistido há cerca de dois anos na necessidade de uma tomada de posição por parte dos interessados na existência de um powerlifting LIMPO, REGRADO e GOVERNADO POR ATLETAS , PARA ATLETAS. Esta necessidade, não atendida por nenhuma Entidade nacional de governança do desporto (federações) no país, motivou a fundação da ANF.
Desde 2009, no entanto, pessoas se aproximaram da ANF mas nunca a ponto de assumir sua gestão de maneira enérgica e eficiente. Em maio deste ano, foi constituída nova diretoria, da qual espero continuar sendo a Secretária Geral (e não mais a presidente) e representando a entidade junto às federações internacionais.
Esta nova diretoria enfrentará os mesmos problemas que eu enfrentei desde o início se os demais indivíduos interessados num powerlifting LIMPO, REGRADO e GOVERNADO POR ATLETAS , PARA ATLETAS não refletirem sobre as demandas desta missão e seu próprio papel nela. Não adianta reclamar da federação dominante e de sua violência totalitária: ela tem seu nicho na geografia do esporte nacional e continuará lá. Não adianta reclamar da falta de regras e triste desrespeito ao esporte por parte das demais federações em seus eventos pelo interior do país: elas também têm seu espaço e motivo de ser.
Quem tem consciência, desejo, e atitude condizentes com a proposta que motivou a ANF é que deve se mobilizar para criar o espaço que ainda não existe, aquele de um powerlifting LIMPO, REGRADO e GOVERNADO POR ATLETAS , PARA ATLETAS.
Será que isso é possível, diante de tantas dificuldades? Claro que é, e o caminho está bem aqui. Começa com a interação digital das pessoas. A comparação de crenças e objetivos. A busca de se ajudar, ainda que na distância. Como todo mundo tem feito em todos os campos da vida social.
A ASUPO hoje é uma realidade e certamente a mais forte entidade sul-americana de esportes de força que já existiu. Como ela surgiu? Através de contatos virtuais entre os líderes Leonardo Cavaglia e Mauro Spinardi com lideranças nacionais como Daniel Zarco Suarez, da Colômbia, eu mesma, no Brasil e outros, agora num total de 7 países sul-americanos que estarão presentes em Cordoba para o campeonato e fundação da ASUPO.
Por que não conseguimos fazer o mesmo aqui, no Brasil, e alguns de nós dentro do mesmo estado de SP? É uma boa pergunta, não?
O meu estado de saúde não me permitiu estar presente no campeonato brasileiro de supino e terra de Quatá. Isso criou um hiato entre os organizadores e a diretoria da ANF.
Na minha opinião, isso é o triste resultado da nossa falta de articulação por desleixo. Sim, DESLEIXO. Pois todos concordamos que um powerlifting LIMPO, REGRADO e GOVERNADO POR ATLETAS , PARA ATLETAS é necessário no Brasil!
Gostaria de ouvir opiniões e propostas de todos os envolvidos, não envolvidos e interessados no caso. A ANF é um projeto em construção e ponho aqui na mesa para todos os que se identificam com sua proposta se manifestem.
Um pouco antes e depois do dia 5 não devo acessar meu computador exceto para postar novidades sobre Cordoba.
Esperei o ano todo por esse momento, treinei para isso e quero isso. No meio da falta de entusiasmo generalizada com a proposta de um powerlifting LIMPO, REGRADO e GOVERNADO POR ATLETAS , PARA ATLETAS no Brasil, conjecturei até mesmo fechar a ANF e pedir “asilo esportivo” aos amigos da Argentina. Eu não tenho NENHUM senso de rivalidade nacional: para mim só o que conta é a solidariedade e união.
Se vamos mesmo conseguir um dia ter um powerlifting LIMPO, REGRADO e GOVERNADO POR ATLETAS , PARA ATLETAS, é algo que depende de vocês agora. Minha parte, fundando a entidade, pagando todos os seus encargos, mantendo as relações com as federações internacionais (e isso foi bem caro no total) já foi feita. Manifestar interesse e DESEJAR um powerlifting LIMPO, REGRADO e GOVERNADO POR ATLETAS , PARA ATLETAS agora é com vocês.
Abraços,
Marília