Tem umas pessoas que nasceram a não mais que 25 anos e estão fazendo reflexões críticas profundas, direcionadas, curiosamente leves (não têm aquele peso culposo e raivoso da minha geração), responsáveis e inovadoras. Eles produzem idéias e questões com a alegria de quem descobre um mundo novo. Na verdade, estão inventando um mundo novo. Eles não são cérebros com perninhas, como tantas pessoas bem inteligentes e cultas que conheci ao longo da vida. Eles são integrados. Eles são o antídoto para a porcaria que as gerações anteriores, incluindo a minha, fizeram com o mundo, o esporte, o universo acadêmico e talvez até mesmo a gestão da coisa pública. Cada mensagem, email ou conversa que eu tenho com eles reduz minha tristeza. Eles são meu anti-depressivo natural, junto com a barra e as anilhas. Por causa da barra e anilhas, eu continuo dando um tempo por aqui, no planeta, e acreditando que a (minha) vida vale a pena. Por causa deles, eu vou mais longe. Eu começo a acreditar que a vida (em geral) vale a pena e que uma coisa que eu já tinha jogado no lixo pode ser recauchutada: O FUTURO.