O paradoxo dos anacrônicos contra a vanguarda

Comentário com pré-requisito (antropologia 201-II, psicologia social 3, teoria do Estado): eu acho curioso como, nos esportes, infelizmente ainda parcialmente colonizados por uma fauna culturalmente indigente, tenho sido acusada de ser portadora de paradigmas "antigos". Referem-se ao meu "radicalismo" na inegociabilidade da ética, da justiça, da administração transparente e democrática e do princípio da inclusão (não confundir com populismo e massificação forçada). Microcéfalos que ainda vivem segundo padrões que minha mãe me explicou serem "muito antigos" quando eu tinha 5 anos não podem compreender que valores e princípios são atemporais, penso. Que tristeza, pois segundo todos nós, eles vivem no século XIX…

Aposto quantas picanhas vocês quiserem que, compreendendo 2% do que eu falo, a próxima acusação será de elitismo e arrogância, uma vez que prego e defendo que o único caminho para limpar os pobres esportes de força é SIM incorporar rapidamente a elite simbólica a eles, ganhar legimidade através do comando da comunidade científica e subordinação de dirigentes ao criterioso exame analítico pelos estudiosos. 

Que venha: tornemos estes esportes o que Ed Coan diz ser o powerlifting norte-americano: ESPORTES CULT. Que seus campeões sejam SIM engenheiros, cientistas, médicos, que morrar de rir diante das patéticas tentativas de intimidação de dirigentes vindos da lumpen-burocracia ou do baixo-clero das profissões liberais.

Escrevi este texto encriptado de propósito: é uma meta-mensagem nada subliminar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima