Predadores, inimigos e obcecados digitais: quatro regras básicas para lidar com eles

  1. Predadores: vão desde os deliquentes ocupacionais (pessoas cujo ofício e ganha pão envolve o prejuízo de terceiros, com maior ou menor grau de violência) até os psicopatas (indivíduos que buscam incontrolavelmente a satisfação através do controle de terceiros, que pode ser obtido desde um simples assédio até o assassinato com assinatura) – REGRAS GERAIS: a. Exponha-se o menos possível. O predador toma decisões, como todo mundo, baseado em informação. Se for necessário se expor por motivos profissionais, faça-o com controle e deliberadamente; b. Saiba que, embora alguns sejam fáceis de identificar, os últimos não são. Estranhos são estranhos, “amigos” digitais não são amigos. Controle a interatividade. Esteja atento para os motivos que geram satisfação na interação de terceiros com você – sempre há um motivo, ou vários; c. Caso você perceba sinais de predação, corte imediatamente o contato. A melhor ferramenta é o bloqueio. Isso não impede que o predador continue lhe assediando, mas sinaliza para ele que você é uma presa mais difícil. Se ele não for obcecado, passará para uma vítima mais fácil; d. Não abra anexos de desconhecidos, não marque encontros em locais que não sejam públicos, não alimente tópicos de discussão com controvérsias improdutivas.
  2. Inimigos: inimigos são pessoas que interpretam, justificada ou injustificadamente (não importa) que você os prejudicou. Dependendo da índole e da natureza do prejuízo real ou fictício, o inimigo tentará causar-lhe dano. O dano pode variar desde um boato irritante até matá-lo. As variações entre um e outro são infinitas. REGRAS GERAIS: a. Entenda que inimigos são inevitáveis para qualquer profissional minimamente bem sucedidos; b. Entenda que, quanto maior sua visibilidade, maior o número de pessoas que se julgarão prejudicadas por você. A proporção do que fazem essa interpretação de maneira irracional se correlaciona com seu grau de visibilidade; c. NÃO CONTRACENE, ou seja: interaja o menos possível. Não caia em armadilhas de provocação. Tenha pessoas de confiança por perto em cuja racionalidade e serenidade você confia para que lhe ajudem a interpretar o risco real das ações de seus inimigos (é inevitável que, passada uma certa frequência de ataques, você se torne relativamente paranóico); d. Tenha advogados a quem você possa recorrer rapidamente caso seja necessário.
  3. Obcecados digitais: são identicos aos não digitais, com a diferença de que podem perseguí-lo silenciosamente por anos sem que você perceba. São pessoas que, por motivos que você jamais entenderá plenamente, necessitam se aproximar de você. São admiradores exagerados, são pessoas que lhe imitam ou pessoas que necessitam de sua atenção para interlocução. Muitas vezes eles nutrem a fantasia de ser você, outras vezes de ter sua posse. REGRAS GERAIS: a. Se identificado um indivíduo obcecado, AFASTE-SE IMEDIATAMENTE. O pior perigo é o fato de que muita gente atrasa esse passo porque se sente lisongeada pelo obcecado, interpretando sua admiração como legítima. Outras vezes, por ingenuidade, de fato entende a aproximação como uma busca de ajuda e permite que ela se prolongue. Como diferenciar? Simples: não há fim para a ajuda que um obcecado necessita. b. Deixe claro que você não é “amigo”. Você tem relações cordiais com muita gente, mas trace uma linha divisória segura entre quem pode e quem não pode ter acesso a sua intimidade; c. NÃO CONTRACENE – neste caso, nunca. Caso o obcecado se torne perigoso, vá à polícia junto com um advogado que lhe ajude a construir um caso de constrangimento ilegal ou outro crime cabível; d. Nas mídias sociais, BLOQUEIE.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima