The Road to the Gold – parte 4 – a questão da equipe

 

Estamos aqui no nosso ultimo dia em Columbus. Logo mais vamos visitar a Dogg House Gym, outro nicho de treinamento de força de alto nível aqui. Por “nós”, quero dizer o Diego Figueroa e eu.

Viemos sozinhos, assim como Carlos Daniel Llosa e eu fomos sozinhos a Barranquilla no campeonato Sul Americano do WPC.

Tanto com um como com o outro, compusemos uma equipe altamente funcional. Somos todos pessoas com ferramentas necessárias para exercer autonomia (como por exemplo, dominar idiomas), coisa rigorosamente essencial para equipes pequenas. Vejam o seguinte exemplo: no meu primeiro dia de competição, Diego teve que se pesar. A fila da pesagem num campeonato com mais de 700 atletas não é rápida. Quando ele terminou de se pesar, eu já estava indo para o tablado para o agachamento.

Antes de ir, eu tinha me acertado com o incrível Joel Mott, que não apenas me deu assistência como exibiu excepcional talento estratégico.

Isso tudo foi discutido entre Diego e eu. Se tivéssemos um único membro a mais na equipe que exibisse alguma dependência, tivesse dificuldade com idiomas ou não tivesse muita iniciativa, seria impossível a esta pessoa competir e ela atrapalharia a nossa performance.

No dia seguinte da minha competição foi a vez do Diego. Ele também foi assessorado pelo Joel porque enquanto ele competia no tablado B, eu arbitrava o A. Arbitrei todos os rounds, o que significa que não tive um único momento livre para dar assistência a ele.

Se o Diego não fosse uma pessoa de grande iniciativa e autonomia, seria um desastre.

Perdão pelo tom pouco diplomático, mas equipes grandes com atletas de nível educacional precário só podem ser isso mesmo: equipes grandes onde pelo menos um administre um inglesinho tipo “the book is on the table”.

Ao abrir mão de qualquer responsabilidade organizativa, um dos efeitos secundários da decisão é que eu não topo mais me responsabilizar por ninguém.

Diego e eu realmente funcionamos como equipe. Discutimos estratégias, planejamos tudo, dividimos gastos e planejamos “atividades extra-curriculares”, como as visitas a Westside Barabell e Dogg House Gym.

Citando a frase do Diego enquanto eu escrevo: “equipe é bacana, mas ser babá é foda”.

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