Como é a GCA

 


 

A rotina de trocar anilhas nas barras quando atletas de diferentes gêneros, pesos e experiência, como eu e o Alex, revezamos, é meio parte do meu dia-a-dia. De modo que anilhas que não escorreguem facilmente nas laterais das barras ficaram estranhas, parte de outro universo. No meu universo atual, as anilhas são de ferro, escorregam facilmente, são deixadas em conjuntos ao lado das barras para facilitar o revezamento e as barras são olímpicas.

Existem vários tipos de equipamento na GCA: o equipamento oficial da Federação Paulista de Powerlifting – os suportes de agachamento e supino, bancos, anilhas, etc. – e equipamento para treinamento de força em geral. O equipamento oficial começa com as anilhas, todas identificadas por cor e numeração.

 


 

Os suportes de achamento e supino são, seguindo as normas com as quais estou me familiarizando, todos ajustáveis e nas medidas padronizadas. Atrás da Seomara fazendo levantamento Terra está o suporte de agachamento.

 

 

Essa foto maior em que se vê a Seomara fazendo Terra mostra o tablado onde se treina tanto agachamento quanto Terra.

 


 

O suporte sustentando a barra com os pneus, que foi a cena mais bizarra da minha primeira visita à GCA, também serve para o treino de agachamento, com a vantagem de possuir um suporte lateral que dá uma segurança adicional ao atleta.

 


 

Essa é a parte “powerlifting” da GCA. Na foto com o Alex à esquerda, se pode ver o resto da sala de musculação e parte de seus equipamentos.

Infelizmente não tive o cuidado de fotografar os dumbells montados e halteres, nem mesmo os vários aparelhos com polias. São relativamente antigos e totalmente funcionais. Existem duas remadas baixas, por exemplo. Eu elegi para mim a remada baixa onde se senta no chão: é a melhor remada baixa em que treinei. O suporte para os pés está relativamente gasto, a polia fica na altura certa e não há por que botar a culpa no equipamento por uma execução mal-feita.

Outra coisa que rapidamente me mal-acostumou na GCA é a qualidade das barras. A primeira vez que se coloca as mãos numa barra olímpica, nunca mais o atleta quer se aproximar de uma barra cromada. Aliás, a lógica de se produzir barras lisas e cromadas começa a parecer inapreensível. Bem como as falsas ranhuras das barras cromadas. Por um simples motivo: as ranhuras não são enfeites. Elas têm uma função e ela é muito importante: tornar a pegada mais firme, estável e fácil. Sem elas, a barra escorrega na mão e esmaga os calos, produzindo uma dor insuportável, além de instabilidade na pegada.

 

Aos poucos, mesmo para os treinos auxiliares, como rosca direta, testa e outros que requerem barras não-olímpicas, comecei a me tornar seletiva e buscar as barras mais… velhas. Porque são as que têm as melhores ranhuras. Quando comentei isso com meu técnico, ele riu e disse que esse hábito é geral. Aos poucos os atletas se dão conta de que a melhor estratégia é sempre buscar as barras mais velhas.

 

Gilson reclama que os equipamentos estão um pouco apertados. Talvez estejam. Ainda não vi ninguém batendo a cabeça em barra nenhuma, embora existam muitos suportes montados. Para mim não faz diferença. A variedade e abundância de suportes, acessórios, barras e anilhas ajuda a tornar o treino fácil e rápido, quando precisa ser rápido. Ferro é ferro, aço é aço, o tablado é de madeira coberto por material emborrachado e as coisas funcionam.

 

O som é rigorosamente democrático: Gilson downloadou umas 300 músicas em mp3 que incluem desde heavy-metal, passando por axé, percorrendo rock clássico e techno, misturou tudo e é isso que roda. É uma seleção que atende todos os gostos e não enche o saco. O som não pode ser tão alto que não se escute o comentário do colega ou do seu técnico – afinal, os atletas estão lá treinando, e não numa balada.

 

É nesse lugar que eu treino e tive meus melhores resultados até hoje.

É nesse lugar onde me sinto bem e encontro meus colegas de equipe.

 

Marilia

 

BodyStuff

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