A cadeira do escritório

Durante os últimos 10 dias estive envolvida com essa dor insuportável logo abaixo dos rombóides do lado esquerdo. Logo de cara parecia compressão de nervo para o Bernardo, que teve que me acudir até mesmo num sábado à noite. Para o Fabiano, houve envolvimento muscular em toda a região por conta de meses de uso de uma cadeira de plástico vagabunda no trabalho, que se ajustou perfeitamente à minha tendência de adotar péssimas posturas à frente do computador. Mas outros fatores parecem estar envolvidos, como um desequilíbrio muscular (peitoral muito fortalecido e dorsais fracos) e protrusão de ombros.

O que quer que tenha sido, não passou ainda, mas pelo menos já consigo escrever um pouco.

Troquei a cadeira por uma caríssima, toda ajustável, mas ainda não é aquela Brastemp para proporcionar uma postura perfeita em alguém como eu, nanica e hiper-ativa.

Na minha opinião, também houve um fenômeno bola de neve aí: algum fator de stress deflagrou o problema cujas condições já estavam dadas (má postura, desequilíbrio muscular, etc). Ter que ficar sem trabalhar e observar perda de força geraram mais tensão, essa tensão adicional agravou o quadro, que por sua vez me afastou mais ainda dos meus projetos e a coisa atingiria rapidamente massa crítica para uma explosão atômica caso eu não tivesse me dado conta desta dimensão emocional.

Dor ou não, cortei os analgésicos fortes e tenho adotado estratégias estranhíssimas por conta própria, como treinar o lado esquerdo a tornar-se mais “dextro” para habilidades (“skill”) e, quem sabe, influenciar sua resposta neural. Escrever com a mão esquerda, jogar bolinhas e outras coisas esquisitas. Também tenho tentado tomar vergonha na cara e praticar a sério alongamento todos os dias. Se por isso ou não, o quadro tem melhorado BEM devagar…

 

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