Musa dos caminhoneiros

Todos os:

– pedreiros
– trabalhadores de padaria
– frentistas de posto de gasolina
– motoristas de caminhão
– garçons e garçonetes
– trabalhadores de salões de beleza

Me conhecem porque a Record já reprisou aquele programa do Esporte Fantástico 476 mil vezes.

Eles perguntam se:

– eu trabalho na TV
– eu conheço ……. (alguém que eu não conheço)
– eu sou atriz (certo…)
– eu sou a “moça forte” da TV
– eu sou a campeã de uma “coisa lá”

Eles sorriem, me abraçam e querem tirar fotos comigo (afinal, eu faço alguma coisa muito estranha).

Conclusões. Devo:

1. Começar a buscar patrocínio entre:
– padarias
– postos de gasolina

2. Inventar um lado mais pop, comprar um sapato de salto alto vermelho e ver no que dá (patrocínio, caceta!)

3. Assumir um lado “musa de caminhoneiro”. Uai!

Até hoje, tudo que minha abrangente reflexão sobre a construção social da ponte epistemológica entre o pensamento político sobre a natureza e o discurso científico me rendeu foram umas publicações que eu curti muito fazer, mas acho que ninguém mais lê.

Quem sabe agora eu deixo algo de útil mesmo e pelo menos os filhos dos caminhoneiros vivam com mais liberdade motora e os próprios resolvam tratar suas lesões crônicas de coluna com agachamento nas academias das periferias da vida. Afinal, a “musa dos caminhoneiros” agacha.

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